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27/01/2022

Evento virtual trouxe dicas para se destacar no Vedacit Labs

A Trutec e a Innovation Latam realizaram no dia 19 de janeiro, uma LIVE para tirar todas as dúvidas sobre o processo de inscrição para o 5º Ciclo do Vedacit Labs, programa de inovação aberta da Trutec, que se encerra no próximo dia 31.

 

O evento foi formatado em três blocos: primeiro trouxe um pouco do histórico do programa de inovação aberta e falou sobre os detalhes do processo seletivo; depois, contou com a participação do mentor Ricardo Bressiani, que destacou a importância do papel da mentoria executiva no programa de inovação aberta. Por fim, os organizadores convidaram três startups que participaram do programa de aceleração no 4º ciclo para compartilhar suas experiências.

 

Se você ainda está na dúvida se deve inscrever sua startup nessa grande oportunidade, não deixe de ler essa resenha até o final.

 

Quinto Ciclo

 

O encontro, que foi mediado por João Pedro Brasileiro, CEO da Innovation Latam, que desde 2020 é responsável pela gestão do processo seletivo do programa, contou com a participação do Gestor de Inovação da Trutec, Henrique Leoni, e do Gestor de Aceleração do Vedacit Labs, Victor Gimenez.

 

Logo no início foram apresentados os três desafios macros do 5º Ciclo do Labs: um focado em sustentabilidade do ciclo de vida das edificações, outro com objetivo em tecnologia para execução de obras e o terceiro com alvo em startups ligadas à tecnologia para uso, operação e manutenção de edificações.

 

Além disso, foi explicado sobre o canal “Conecte-se”, que conecta a Trutec às startups que acham que a sua solução tem um fit com o hub, mas não se encaixam em nenhum dos desafios. Para saber mais sobre cada um deles, acesse o site oficial.

 

Os gestores reforçaram o objetivo do programa de aceleração. “Nosso trabalho aqui é encontrar as melhores startups que existem no ecossistema da construção civil e fomentar esse mercado. Conseguir alavancar a digitalização do mercado da construção civil que ainda carece de muita tecnologia e digitalização”, resumiu Victor.

 

Ressaltando o viés sustentável do programa que busca por soluções tecnológicas para alavancar as oportunidades de uma das indústrias que mais polui no mundo, o gestor pontuou o poder de integração do programa: “A gente sempre pensa na integração dessas soluções, porque startups são ferramentas que às vezes resolvem dores específicas e você precisa ter uma gestão para ver a situação como um todo”.

 

Henrique falou um pouco sobre a trajetória do programa, que teve início em 2018 como uma iniciativa da Vedacit e resultou, em 2020, no surgimento da spin-off Trutec. (Já contamos um pouco dessa trajetória aqui)

 

Inscrição, triagem e seleção

 

Os gestores falaram ainda sobre o processo de inscrição, que é gratuito, mas exige dedicação pela sua complexidade.

 

“Ele é a porta de entrada e, se não bem respondido, acaba deixando a gente no escuro. É importante ser preenchido com muita minúcia e olhar no detalhe”, reforça Henrique.

 

Por isso, a dica é não deixar para a última hora. O regulamento do quinto ciclo junto com o link de inscrição está disponível no site

 

Incentivando os espectadores a participarem da oportunidade única de se conectar com o mercado, Victor fez uma ponderação: “A gente busca startups que estejam no estágio mais avançado, em fase de tração ou escala, porque testamos essas soluções nos clientes reais”.

 

Aos que se encaixam no perfil, ele explicou a razão de ter um processo seletivo tão detalhado: “Temos muitos casos de sucesso e casos de insucesso também. A gente trabalha para conseguir otimizar isso ao máximo”.

 

Assim, após o término das inscrições, os participantes passam por um filtro interno que pré-seleciona 30 startups. Destes, apenas 15 seguem para a próxima fase. “Nesse ponto é aplicado um teste de perfil aos empreendedores das startups, para conhecermos quem são os sócios e fundadores e para podermos entender melhor sobre a solução, o produto, as finanças e a tração”, explicou Victor. 

 

A próxima etapa é o “Pitch Day”, evento onde as selecionadas apresentam suas soluções e é feita a seleção final das 5 startups que vão participar do programa. No evento de abertura do programa acontece o match entre as startups e os Beta-testers, que são as empresas envolvidas na definição dos desafios. A partir daí, são quatro meses de programa.

 

Após a execução dos projetos pilotos, é feita a leitura dos resultados. “É onde entendemos se, de fato, os projetos ampliam as oportunidades de negócios do cliente e se determinada startup está pronta para oferecer aquela solução para o mercado dentro do portfólio da Trutec”, concluiu o gestor.

 

As startups que performam melhor podem passar por um processo de negociação para eventualmente receber uma proposta de investimento da Trutec.

 

Mentorias

 

Somado à oportunidade de integrar o portfólio da Trutec, o Vedacit Labs oferece uma vantagem às startups selecionadas: a possibilidade de participar de mentorias com os executivos da Vedacit e profissionais convidados de altíssimo nível.

 

Os eventos acontecem em paralelo à gestão interna e contemplam diversos temas, desde estratégia de negócios e vendas, até marketing e branding.

Esse foi o tema do segundo bloco da LIVE, que trouxe Ricardo Bressiani, um dos mentores do Programa Vedacit Labs, para falar do papel da mentoria executiva no programa de inovação aberta.

 

Acompanhando o programa desde o primeiro ciclo como mentor, Ricardo revelou que a experiência traz um aprendizado de mão dupla: “A gente aprende muito com jovens empreendedores. Eles abrem o sonho de conhecimento, mostram soluções de problemas que a gente nem sabia que existiam. A gente, que está na posição de investidor, aprende receitas de sucesso que ajudam a escolher melhor onde investir e, obviamente, contribui com o sucesso dessas startups trazendo essa bagagem de algumas décadas no mercado”.

 

Ricardo salientou a evolução do papel dos mentores no Vedacit Labs ao longo dos ciclos. “Num primeiro momento, cada acelerada tinha um mentor fixo. Hoje, é mentor on demand, ou seja, há uma coleção de mentores e o empreendedor escolhe aquelas que se encaixam com o seu momento. E pode escolher mais de um”, explicou.

 

Por fim, num dos momentos mais esperados pelos espectadores, ressaltou as características que fazem uma startup se destacar no processo. “Como já estamos numa fase mais avançada de operação, as dúvidas que surgem agora são quais caminhos devem ser seguidos e como, quais as opções para fazer o negócio dar certo rapidamente. Por isso, nosso papel é provocar o empreendedor”, admitiu.

 

“Uma das provocações que eu costumo fazer é quanto às escolhas: o que fazer primeiro? Não dá para ter braço para tudo. Nós estamos ali para ajudá-los a fazer tudo que eles querem, numa sequência que seja consistente e que tenha uma convergência a um propósito, que tem que ser brilhante. Começa tudo pelo propósito, esse é o ponto principal. O propósito vai brilhar aos olhos de quem participa, de quem vai ser cliente da Startup e principalmente da retenção de talentos que no momento que ela quiser crescer vai ter que ter”, enfatizou.

 

A lista de todos os mentores do programa está disponível no site oficial.

 

Startups convidadas

 

O terceiro e último bloco do evento trouxe representantes de startups que compartilharam um pouco de suas experiências prévias com o programa de aceleração do Labs.

 

Jean Ricardo Sacenti, CEO e Co-fundador da Predialize; Ana Rita Oliveira, CEO da MyCond; e Cícero Sallaberry, fundador da Construflow, falaram sobre os pontos altos do programa, além de darem dicas às startups que pretendem participar do 5º Ciclo.  

 

“É um processo muito organizado e vocês realmente estão de parabéns. Do início da seleção até o final eu me senti muito acolhida em todos os momentos dessa jornada”, elogiou a CEO da MyCond.

 

Jean, CEO e Co-fundador da Predialize, destacou a oportunidade de a startup mostrar os diferenciais da solução e o atendimento da equipe: “A interação e oportunidade de fazer uma POC com uma grande construtora que é parceira da Trutec conta muito”.

 

A flexibilidade das mentorias on demand também foi elogiada. “Quando os programas de aceleração querem imputar um cronograma e mentores forçados é muito ruim para a startup, pois cada uma está em um momento e sabe o que precisa. Poder escolher as mentorias deixou o programa leve e agradável”, reforçou Cícero.

 

As oportunidades de conexões proporcionadas pelo programa ganharam vez no bate-papo.

 

“São grandes executivos, pessoas que às vezes a gente tem muita dificuldade de acessar e que se dispõem a fazer uma nova mentoria. Essa conexão com eles foi muito grande. A sinergia gerada entre as startups é também bem bacana e vai engrandecer todo o ecossistema”, pontuou Jean.

 

Mas, as possibilidades de negócios reais que o programa proporciona para as startups é que foram tidas como uma das grandes riquezas do programa. “Conseguimos dobrar nossa receita no período desses três meses. A melhoria foi muito grande na parte do nosso produto e essa abertura de mentalidade colaborativa foi muito legal”, reforçou o CEO da Construflow

 

Para finalizar, os empresários deram dicas para as startups que estão interessadas ou que estão já no processo de inscrição. Nós juntamos tudo numa listinha para finalizar esse artigo de forma bem inspiradora. Acompanhe!

 

 

DICAS PARA APROVEITAR AO MÁXIMO SUA EXPERIÊNCIA VEDACIT

 

“Na hora da inscrição, doe-se para realmente mostrar seus diferenciais e dê o sangue na hora do Pitch, treine em casa”

 

“Seja sincero e honesto nas informações, não invente dados.”

 

“Vale a pena se inscrever nem que não chegue até o final. Só de ser selecionado só para fazer o pitch, já é uma escola. Você será avaliado por pessoas extremamente qualificadas e receberá feedbacks”.

 

“Não seja reativo às mentorias. Identifique os problemas que tem como startup, ouça bastante os mentores, tente explicar rápido a solução e absorva o máximo os questionamentos para refletir se faz sentido ou não”.

 

“Os founders, às vezes pelo crescimento da startup, se distanciam da operação. Essa é uma oportunidade de se reaproximar. Às vezes a gente fica naquela linha de acelerar, de crescer, atrás de investimento e não olha o básico e o básico às vezes é voltar para operação, escutar o cliente e daí sim fazer os ajustes para crescer novamente”.

 

“Não entre achando que a sua startup é a melhor do Brasil. Pense realmente no sistema colaborativo, o que é o que está sendo buscado e o que realmente os clientes têm buscado também”.

 

“O CEO precisa entender que quando ele entra num processo como esse, tem que reservar um tempo para isso. Não é só o tempo da mentoria. Existe uma série de ações que precisam ser tomadas rapidamente, que tem que ter o feedback até para você marcar uma segunda mentoria para avaliar o resultado das suas ações. Aí sim você vai conseguir ter um bom resultado”.

 

Você pode ver ou rever esta transmissão clicando aqui.