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31/05/2022

HOFF Analytics: um case de sucesso no Labs da Trutec

Em crescimento acelerado desde então, uma das primeiras medidas tomadas pelo fundador Wesley Bitchoff para garantir a qualidade foi mudar a estrutura administrativa. “Depois do processo de aceleração, muita coisa mudou e começamos a fechar muitos contratos. Foi quando decidi focar na parte de tecnologia e a Janaine, minha esposa, assumiu como CEO da HOFF”, recorda o empreendedor.

 

Atuando por 10 anos como diretora administrativa em uma empresa, Janaine Nascimento se encantou pelo mundo do empreendedorismo quando passou a acompanhar, nos bastidores, o crescimento que o processo de aceleração que o Labs da Vedacit trouxe à startup fundada pelo seu marido.

 

Quando ele a convidou para assumir o posto, colocou na balança as prioridades e tomou a decisão de trocar a estabilidade e segurança garantida pelo seu trabalho por um mundo novo onde pudesse incorporar o espírito empreendedor ao seu dia a dia e apoiar um negócio em pleno crescimento.

 

Neste artigo você conhecerá um pouco mais da trajetória dos empreendedores e conhecerá os benefícios que o programa de aceleração trouxe à HOFF Analytics, startup de Big Data Analytics que minera e qualifica grandes volumes de dados de fontes públicas e entrega inteligência de dados para apoio no processo de prospecção, estudo de mercado, tomada de decisões, demanda de consumo entre outras aplicações, direcionadas para o mercado da construção civil.

 

Acompanhe e inspire-se!

 

Wesley, você sempre teve essa veia empreendedora? Quando surgiu a ideia de criar a HOFF Analytics?

 

Wesley - Iniciei minha carreira como professor de informática aos 16 anos e depois disso só vi meu envolvimento com a tecnologia crescer. Foi uma experiência como intercambista no exterior, que despertou em mim o espírito empreendedor e fez com que eu lançasse meu primeiro negócio, uma agência de intercâmbio para o exterior. O projeto ia muito bem até que chegou a crise financeira, e fali.

 

Para continuar a pagar as contas, consegui um emprego prestando serviço para uma empresa de pisos em São Paulo. Um dia, um dos meus superiores falou: ‘Wesley, eu preciso achar obras’. Como eles sabiam que eu entendia de tecnologia, sugeriram que eu fizesse esse mapeamento. Mas, eu não sabia por onde começar. ‘Obra pública muito grande tem financiamento do BNDS, procura no site deles, procura nos alvarás e por aí vai”, eles sugeriram”. O resultado foi 700 mil obras mapeadas no Estado de São Paulo em uma semana de trabalho.

 

Foi aí que voltei a me relacionar com tecnologia e desenvolvi, junto à empresa, um novo nicho. Basicamente, a gente tinha uma empresa com um estoque de profissionais, onde cada profissional poderia suprir a necessidade da empresa e das Indústrias que elas compravam.

 

Com a chegada da pandemia, fui surpreendido com a notícia de que teria uma redução do de 70% do meu salário e isso começou a despontar o desejo de voltar a empreender. Eu cheguei para minha esposa e falei: “olha, a gente tem uma ideia sensacional. Eu tenho ótimos cases para provar que isso funciona para um cliente ou uma pequena loja. Agora, imagine sobre a indústria”. Em agosto de 2020 nascia a HOFF Analytics.

 

Trutec: Como se deu o processo de estruturação da startup e como vocês se inseriram no mercado?

 

Wesley: Depois da pandemia trazer uma redução considerável do meu salário no emprego que ocupava, decidi empreender mais uma vez. Lancei a solução, só que, como diz o dito popular, ‘quando é muito bom para ser verdade, é mentira’. Basicamente, o diretor de uma indústria na qual fui ofertar o serviço me questionou falando que uma grande concorrente não tinha conseguido fazer o que eu falei que fazia. ‘Como você fez sozinho? É impossível’, ele duvidou. Ainda bem que eu não acreditei nele. Persisti e entramos no mercado.

 

Trutec- Quando foi que a Hoff Analytics iniciou seu processo de aceleração?

 

Wesley - Em fevereiro do ano passado fui procurado por uma pessoa da Microsoft. A gente ganhou U$120.000,00 para usar dentro da plataforma. Logo depois, a gente foi aceito no programa da Vedacit.

 

Trutec - Falando em Vedacit Labs, como ficaram sabendo do programa?

 

Wesley - Eu mandei uma mensagem para o CEO da Trutec no Linkedin e falei “temos uma solução sensacional”. Como vender para indústria naquela época era um pouco complicado, ele falou para irmos para a Trutec. Fizemos uma reunião na hora e ele comentou sobre o programa de aceleração da Vedacit. Ele sugeriu que a startup se inscrevesse nele para passar pelo crivo e que depois seríamos bem-vindos e que cresceríamos juntos. Foi o que aconteceu.

 

Assim entramos no processo seletivo do terceiro ciclo do Vedacit Labs, em 2021. A empresa na época tinha menos de um ano e esse foi o primeiro processo de aceleração da HOFF. Optamos pelo programa porque tinha dois segmentos que a gente pretendia atuar, que era a indústria da construção civil junto com uma grande indústria da construção civil. Então, o que a gente precisava era exatamente de um programa de aceleração relacionado à construção civil.


 

Trutec - Como foi essa experiência?

 

Wesley - Foi bem interessante. As mentorias nos fizeram ver que a nossa empresa foi moldada acompanhando os clientes. Hoje, entendemos que saímos na contramão, porque basicamente todo mundo fala em criar um produto de prateleira, sair vendendo barato e para um monte de gente no mercado. Nós fizemos o contrário: criamos produtos personalizados para indústrias, utilizando inteligência e criando algo bem específico.

 

 

Trutec - Vocês diriam que essa experiência ainda reflete no crescimento da startup?

 

Wesley - Passamos por todo o processo de seletiva. Depois, pelas mentorias. E, como eles prometeram, continuamos crescendo juntos.

 

Depois do processo de aceleração muita coisa mudou. Todas as indústrias que nós prospectamos no começo da empresa e que não acreditaram na solução começaram a ver que a gente tava fechando com os concorrentes e passaram a nos dar credibilidade.

 

Hoje, a gente atende sete das dez maiores indústrias do setor da construção nos seus respectivos segmentos, temos seis funcionários e a gente está se programando agora para atender pelo menos um de cada segmento. Se a gente fechar os orçamentos deste mês, por exemplo, a gente já vai conseguir atender pelo menos uma indústria de cada segmento da construção que fatura mais de um milhão.

 

Janaíne - Uma coisa que vale reforçar e me surpreendeu muito é que imaginávamos que quando as mentorias acabassem, acabariam também nossas experiências com o Labs e a Trutec. Mas, não foi assim. Eu entrei para a empresa muito no final do processo de aceleração e queria ter participado mais desde o ínicio, mas como mantivemos esse canal aberto até hoje, quando a gente precisa, o CEO da Trutec está sempre à disposição e isso é muito bacana. Inclusive, ainda mantemos contato com o gestor do programa, que era o Vitor na época. Contamos os contratos que estamos fechando e nossos resultados. Ele fica maravilhado com o nosso rápido crescimento.

 

Trutec - Falando em crescimento, vocês diriam que estão em um estágio de scale up ou traction?

 

Janaíne - Estamos em um momento de tração, com certeza. Estamos suavemente conquistando clientes. Nós temos um produto que está sempre em desenvolvimento, ainda estamos trazendo novas interfaces. De acordo com o feedback e a demanda do cliente, a gente acaba incluindo uma coisa ou outra nova, mas já temos o produto rodando no mercado e já temos grandes clientes que estão acreditando e entendendo a solução.

 

Wesley - Estamos realmente em um crescimento grande se comparados com outras startups e nosso maior desafio agora é tentar criar feedbacks para nosso cliente nos produtos de prateleira para poder atender de forma geral.

 

Trutec - Quais os próximos passos? Pretendem participar de outros programas de aceleração?

 

Wesley - Na verdade, há algumas semanas fomos aceitos em programa de mentorias da Google e recebemos U$ 200.000,00 da Microsoft e do próprio Google para investir. O que eles oferecem são mentorias técnicas através das quais vamos acessar, por exemplo, a equipe de arquitetura do Google para auxiliar na criação. Já com a Microsoft, eles têm um programa de aproximação com o universo agro, uma das verticais que a gente vai lançar em um futuro não muito distante.

 

Janaíne - Além disso, estamos instalados no ecossistema do Bradesco e a gente também tem esse super apoio de aproximação entre startup e empresa que gera oportunidade e um networking. Isso tem sido muito bacana.

 

Voltando ao Labs, no início de março foram anunciados os escolhidos para o 5º ciclo do programa de aceleração. Qual a dica que passariam para eles?

 

Wesley - A principal dica que eu posso passar é o seguinte, do começo da empresa a gente sempre vinculou a empresa a uma pessoa, mas ouvimos muito que uma pessoa não vale ser acelerada pois não tem potencial escalável. A gente provou exatamente o contrário. Quando entramos para o Labs, a startup ainda era somente uma pessoa fixa e algumas pessoas terceirizadas e mesmo assim a gente entrou no programa de aceleração. Então, acredito que a dica seja: não desista. Acredite no produto. Se tem um produto diferente, tente mudar o mercado. As pessoas vão falar que não é possível, mas você pode provar para todos que estão errados.

 

Janaíne - Eu também diria para que eles aproveitem esse momento em que estarão em contato com uma equipe super envolvida, que realmente quer fazer acontecer, que está realmente disposta. Se envolvam e usem e abusem do apoio dos mentores, que é um crescimento muito rico, uma experiência única.