Publicado em:
05/11/2025
A Coca-Cola, pelo segundo ano consecutivo, mergulha na IA generativa para sua icônica campanha "Holidays Are Coming". O resultado é um estudo de caso fascinante sobre os limites atuais da automação criativa e o trade-off entre eficiência e conexão emocional.
Em parceria com os estúdios especializados Silverside AI e Secret Level, a marca buscou corrigir as falhas visuais de 2024. Se no ano passado o problema foi o "vale da estranheza" (uncanny valley) com expressões faciais humanas, a solução de 2025 foi substituí-las por animais.
O ganho operacional foi inegável:
Apesar da otimização drástica de tempo e custo, a recepção do público não foi totalmente positiva. As críticas evoluíram: de expressões "estranhas" para animações "inconsistentes" e personagens "sem alma" ou "sem profundidade".
Para líderes de inovação, startups e corporações, a saga da Coca-Cola é um laboratório prático. Ela nos mostra que, enquanto a IA generativa já resolveu o desafio da escala e da velocidade na produção de conteúdo, ela ainda falha no ativo mais crucial para uma marca nostálgica: a confiança emocional.
Este caso expõe a tensão central da IA criativa em 2025. A tecnologia pode entregar o volume, mas ainda depende da curadoria humana intensiva para garantir a alma.