O papel das startups na revolução da Inteligência Artificial Generativa

Com a missão de fomentar a inovação entre as empresas, a Innovation Latam investe no ecossistema da IA Generativa e lança nova unidade de negócio alavancada pela tecnologia

Por Innovation Latam

Em meados de 2022, a revolução tecnológica foi impulsionada pela chegada da Inteligência Artificial Generativa, apresentada ao público pela OpenAI, por meio do Chat GPT. De lá para cá, ela vem transformando significativamente todos os setores da economia. Acostumadas à velocidade e à inovação, as startups surfam nessa onda e contribuem cada vez mais com a consolidação do uso da ferramenta, que já promete se tornar commodity. De olho nesse potencial, desde o ano passado o tema se tornou pauta principal na Innovation Latam, uma startup que se propõe a fomentar o ecossistema da inovação conectando startups às empresas. Na lista de projetos voltados ao tema, está a inserção da tecnologia nos processos internos, o mapeamento do ecossistema e até mesmo a criação de uma nova unidade de negócio na qual a tecnologia é a protagonista.

“A gente acompanha esse movimento desde o início e logo identificamos o potencial das empresas se conectarem. Por isso, estamos constantemente mapeando o cenário das startups e criando desafios nas áreas que identificamos como tendências em inovação, como a própria IA generativa, a análise de dados, o ESG, entre outras. Ao identificar essas iniciativas, podemos cumprir com nossa missão apresentando essas startups às empresas, seja por meio dos programas de inovação aberta delas próprias, dos quais fazemos a gestão, seja por meio de pitches que organizamos para o mercado de inovação”, recorda João Pedro Brasileiro, fundador e CEO da Innovation Latam.

Para ele, embora o mercado esteja olhando fortemente para a tecnologia, ainda há poucos players efetivamente agindo, o que significa uma oportunidade para a atuação das startups. “O perfil escalável e exponencial das startups permite que elas desenvolvam frentes de negócio mais rápido, por isso hoje já observamos no mercado muitas delas colocando projetos de IA em prática, com sucesso, tanto para dentro quanto fora de casa. Por esse perfil, elas atuam como peça importante para dar velocidade ao processo de implantação da nova tecnologia nas empresas. Entre outros benefícios, elas possibilitam que essas empresas avaliem, por meio de POCs rápidas, se a solução buscada faz sentido para o projeto, meçam os resultados e ponderem se estão dentro das expectativas”, ressalta.

Validando o papel das startups nessa revolução, um estudo do IBM Institute for Business Value e da Oxford Economics, intitulado "The CEO's Guide to Generative AI: Open innovation & ecosystems", aponta que IA generativa é capaz de desbloquear todo o potencial do ecossistema de parceiros das empresas, aproveitando de forma rápida a capacidade intelectual coletiva de diversas organizações. De acordo com o estudo, a grande maioria dos executivos diz que a IA generativa melhorará muito a descoberta (82%), a ideação (80%) e a colaboração com parceiros para inovação (77%). Ou seja, as necessidades atuais dos clientes não podem ser atendidas por um único fornecedor, portanto, o papel do ecossistema de parceiros é cada vez mais importante – tornando-se um motor de crescimento para as empresas.

IA generativa x investimentos

Em um cenário que é considerado “de seca” de investimentos e demissões generalizadas na área de tecnologia, a IA generativa já rendeu a 13 empresas a avaliação bilionária (“unicórnios”), sendo cinco delas em 2023, segundo revela uma pesquisa da consultoria CB Insights.

De olho no mercado, o CEO avalia que, no Brasil, as startups voltadas à IA generativa também têm recebido diversos investimentos com bons tíquetes, o que leva a crer que esse pode ser um novo impulso para o setor da inovação, de modo geral. No entanto, faz um alerta: “Eu diria que abrimos um novo ‘oceano azul’, mas que, dada a velocidade de todos os acontecimentos, já está se tornando vermelho. É importante pensar que, nesse cenário, a atualização é crucial, sem ela, o cenário pode mudar de um dia para o outro”.

Para ele, embora hoje a IA seja um diferencial do mercado, em breve se tornará uma commodity. Daí o empenho em incentivar o mercado neste momento borbulhante.

Nesse sentido, destaca que é um desafio, tanto para as empresas quanto para as startups, olhar com atenção para a infraestrutura que está sendo montada. “Uma IA eficiente pode custar caro. É importante ter em mente que existem outras possibilidades para trabalhar melhor esses dados, como, por exemplo, sair do modelo de Large Language Model (LLM), para o Small Language Model (SLM), onde a IA trabalha em dados concentrados e proporciona resultados melhores, mais rápidos e com custos inferiores. Esse já é um modelo que vem sendo adotado por empresas maiores e acredito que será adotado cada vez mais”, aposta.

Outro ponto de atenção está justamente no valor humano. “Já é possível criar equipes inteiras com IA. O importante é ter, acima desses assistentes, uma pessoa capaz de validar isso. A IA generativa é extremamente eficiente mas nunca vai ser mais eficiente que uma IA generativa com humanos por trás. Para realmente alcançar a eficiência desejada e ganhar a concorrência, as empresas precisam investir no mindset com IA e para isso, é importante criar uma cultura de dados. Uma vez criada essa cultura, é possível identificar processos repetitivos que possam ser substituídos pela tecnologia, deixando o ser humano disponível para aplicar sua expertise intelectual”, finaliza.

Mercado borbulhante

A Innovation Latam lançou recentemente um desafio voltado às startups que exploram e ampliam as fronteiras da IA generativa para impulsionar soluções inovadoras em diversos setores.

Além disso, após validar uma solução com IA generativa no mercado e ajustar a proposta, está lançando uma nova unidade de negócio, que utiliza o conhecimento técnico em IA da equipe para garantir mais eficiência para os times de inovação. Para saber mais sobre o projeto, contate o time da Innovation Latam.